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Nesse Blog postarei algumas matérias que fazem parte do meu dia a dia. Serão matérias relacionadas a Direito, Política, Doutrinas Cristãs entre outras. Espero que gostem!

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

"O que a Bíblia quer dizer com ‘morrer para si mesmo?"


Resposta:
O conceito de "morrer para si mesmo" é encontrado em todo o Novo Testamento. Ele expressa a verdadeira essência da vida cristã, na qual tomamos a nossa cruz e seguimos a Cristo. Morrer para si é parte de nascer de novo. O velho eu morre e o novo eu vem à vida (João 3:3-7). Os cristãos não só nascem novamente no momento da salvação, mas também continuam morrendo para si mesmos como parte do processo de santificação. Como tal, morrer para si é tanto um evento único quanto um processo vitalício.

Jesus falou repetidamente aos Seus discípulos sobre tomar a sua cruz (um instrumento da morte) e segui-lo. Ele deixou claro que se alguém o seguisse, deveriam se negar, o que significa abrir mão de suas vidas - espiritualmente, simbolicamente e até mesmo fisicamente, se necessário. Isso era um pré-requisito para ser um seguidor de Cristo, o qual proclamou que tentar salvar nossas vidas terrenas resultaria em perder nossas vidas no reino. No entanto, aqueles que abrissem mão de suas vidas por amor dEle encontrariam a vida eterna (Mateus 16:24-25, Marcos 8:34-35). Na verdade, Jesus chegou até a dizer que aqueles que não estivessem dispostos a sacrificar suas vidas por Ele não poderiam ser seus discípulos (Lucas 14:27).

O rito do batismo expressa o compromisso do crente de morrer ao modo de vida antigo e pecador (Romanos 6:4-8) e renascer para uma nova vida em Cristo. No batismo cristão, a ação de imergir na água simboliza morrer e ser enterrado com Cristo. A ação de sair da água representa a ressurreição de Cristo. O batismo nos identifica com Cristo na Sua morte e ressurreição, retratando simbolicamente a vida inteira do cristão como morrendo para si e vivendo para e em Cristo, o qual morreu por nós (Gálatas 2:20).

Paulo explica aos Gálatas o processo de morrer para si como um no qual ele foi "crucificado com Cristo", e agora Paulo não vive mais, mas Cristo vive nele (Gálatas 2:20). A vida antiga de Paulo, com sua propensão ao pecado e a seguir os caminhos do mundo, está morta, e o novo Paulo é a morada de Cristo que vive dentro e através dele. Isso não significa que, quando "morremos para nós mesmos", nos tornamos inativos ou insensíveis, nem nos sentimos morrer. Em vez disso, morrer para si mesmo significa que as coisas da vida antiga são mortas, sobretudo as formas pecaminosas e os estilos de vida aos quais outrora nos dedicamos. "E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências" (Gálatas 5:24). Onde uma vez buscamos prazeres egoístas, agora buscamos, com igual paixão, o que agrada a Deus.

Morrer para si mesmo nunca é retratado na Escritura como algo opcional na vida cristã. É a realidade do novo nascimento. Ninguém pode vir a Cristo, a menos que esteja disposto a ver a sua antiga vida crucificada com Cristo e a começar a viver de novo em obediência a Ele. Jesus descreve os seguidores mornos que tentam viver em parte na vida antiga e em parte na nova como aqueles a quem Ele cuspiu (Apocalipse 3:15-16). Essa condição morna caracterizava a igreja de Laodiceia, bem como muitas igrejas hoje. Ser "morno" é um sintoma da falta de vontade de morrer para si mesmo e viver para Cristo. A morte para si não é uma opção para os cristãos; é uma escolha que leva à vida eterna.



segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Como podemos experimentar a verdadeira liberdade em Cristo?


Todo mundo procura liberdade. Especialmente no Ocidente, a liberdade é a mais alta virtude, e é procurada por todos os que estão ou se consideram oprimidos. Entretanto, a liberdade em Cristo não é a mesma que a liberdade política ou econômica. Na verdade, algumas das pessoas mais severamente oprimidas na história tiveram total liberdade em Cristo. A Bíblia nos diz que, espiritualmente falando, ninguém é livre. Em Romanos 6, Paulo explica que todos somos escravos. Nós ou somos escravos do pecado ou escravos para a justiça. Aqueles que são escravos do pecado não podem se libertar dele, mas quando somos libertos da pena e do poder do pecado através da cruz, nos tornamos um escravo diferente, e nessa escravidão encontramos paz completa e verdadeira liberdade.

Embora pareça uma contradição, a única verdadeira liberdade em Cristo vem para aqueles que são Seus escravos. A escravidão passou a significar degradação, dificuldades e desigualdades. No entanto, o paradigma bíblico é a verdadeira liberdade do escravo de Cristo que experimenta alegria e paz, os produtos da única verdadeira liberdade que chegaremos a conhecer nesta vida. Existem 124 ocorrências no Novo Testamento da palavra doulos, que significa "alguém que pertence a outro" ou "escravo sem direitos de propriedade própria". Infelizmente, a maioria das versões bíblicas modernas, bem como a versão inglesa do Rei James, traduzem em grande maioria doulos como "servo". Entretanto, um servo é aquele que trabalha para receber um salário, e que, em virtude de sua obra, é devido algo de seu mestre. O cristão, por outro lado, não tem nada a oferecer ao Senhor em pagamento por seu perdão, e pertence totalmente ao Mestre que o comprou com o sangue dEle na cruz. Os cristãos são comprados por esse sangue e são a posse de seu Senhor e Salvador. Nós não somos seus contratados, mas pertencemos a Ele (Romanos 8:9). Então, "escravo" é realmente a única tradução adequada da palavra doulos.

Longe de ser oprimido, o escravo de Cristo é verdadeiramente livre. Nós fomos libertados do pecado pelo Filho de Deus que disse: "Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres" (João 8:36). Agora o cristão pode realmente dizer, juntamente com Paulo: "Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte" (Romanos 8:2). Agora conhecemos a verdade e essa verdade nos libertou (João 8:32). Paradoxalmente, através da escravidão a Cristo, também nos tornamos filhos e herdeiros do Deus Altíssimo (Gálatas 4:1-7). Como herdeiros, somos participantes dessa herança - vida eterna - que Deus confere a todos os Seus filhos. Este é um privilégio além de qualquer tesouro terrestre que possamos herdar, enquanto aqueles que estão presos no pecado herdam apenas a morte espiritual e uma eternidade no inferno.

Por que, então, muitos cristãos vivem como se ainda estivessem presos? Por um lado, muitas vezes nos rebelamos contra o nosso Mestre, recusando-nos a obedecê-Lo e apegando-nos às nossas velhas vidas. Persistimos nos pecados que uma vez nos uniram a Satanás como nosso mestre. Porque a nossa nova natureza ainda vive na antiga natureza carnal, ainda somos atraídos pelo pecado. Paulo diz aos Efésios para se "despojarem" do seu eu antigo com seu engano e corrupção e se "revestirem" do seu novo eu com sua justiça. Deixe de mentir, e vista-se da veracidade. Deixe de roubar e vista-se da utilidade e do trabalho. Despoje-se da amargura, da raiva e da ira, e vista-se da bondade, compaixão e perdão (Efésios 4:22-32). Fomos libertados da escravidão do pecado, mas muitas vezes colocamos as correntes de volta porque parte de nós ama a vida antiga.

Além disso, muitas vezes não percebemos que fomos crucificados com Cristo (Gálatas 2:20) e que renascemos como criaturas completamente novas (2 Coríntios 5:17). A vida cristã é uma de morte para si mesmo e de nascimento à caminhada "em novidade de vida" (Romanos 6:4), e essa nova vida é caracterizada por pensamentos sobre Aquele que nos salvou, não pensamentos sobre a carne morta que foi crucificada com Cristo. Quando pensamos continuamente em nós mesmos e cedemos à carne e aos pecados de que fomos libertos, estamos essencialmente carregando conosco um cadáver, cheio de podridão e morte. A única maneira de enterrá-lo totalmente é pelo poder do Espírito, que é a única fonte de força. Fortalecemos a nova natureza quando somos alimentados continuamente pela Palavra de Deus, e através da oração obtemos o poder de que precisamos para escapar do desejo de retornar à vida antiga do pecado. Então perceberemos que a nossa nova posição como escravos de Cristo é a única liberdade verdadeira, e invocaremos o Seu poder para que "não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões" (Romanos 6:12).